quarta-feira, julho 11, 2007

...

Eu sei que podia acontecer a qualquer um, em qualquer sítio mas aconteceu-lhe a ela...
Foi há mais de um ano e agora Pedro Abrunhosa fez
"Balada de Gisberta"
Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.

5 Comments:

Blogger Xana said...

Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.

P.A. gosto muito ;)
Poema em forma de musica "agarrado à realidade, na tentativa de não perder o sonho?"

Beijo meu

12 julho, 2007 16:43  
Blogger Teresa Durães said...

Este comentário foi removido pelo autor.

12 julho, 2007 17:28  
Blogger carpe diem said...

xana...

mostrando e sentindo a realidade, na tentativa de não perder o sonho...
acho que é isso mesmo... :)

beijo

13 julho, 2007 01:17  
Blogger carpe diem said...

teresa duraes...

essa letra é muito bonita...
mas também é bom temer algo ;)...

13 julho, 2007 01:19  
Blogger Teresa Durães said...

Este comentário foi removido pelo autor.

13 julho, 2007 13:07  

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