Bergman...
O instinto maternal é uma mentira ou
Sonata de Outono. Mãe e filha encontram-se depois de sete anos de separação. A
mãe, Charlotte, é uma pianista mundialmente famosa, já sexagenária e ainda no auge
da sua carreira. Uma mulher capaz de interpretar as mais delicadas composições de
Chopin ou Beethoven, mas sempre incompetente ao tentar interpretar a própria filha,
Eva. A Eva nenhuma palavra ou gesto lhe passou despercebida ao longo da sua vida,
especialmente se estas palavras e gestos vieram da mãe. Considera-se “filha de uma
mãe que nunca fica frustrada, decepcionada ou infeliz”, definição que, mesmo irónica,
a marcou para sempre, uma vez que Charlotte lhe impôs doses equivocadas de
felicidade e segurança. Casada com Viktor, um pastor protestante passivo e
observador, ela vê o marido como um amigo, sendo, como é, incapaz de acreditar no
amor. Helena, a irmã mais nova, sofre de uma doença degenerativa, o que afastou
sempre de si a mãe. Neste regresso, Charlotte é obrigada a confrontar-se com o facto
de as duas irmãs viverem juntas. Bergman destrói a convenção das relações
afectuosas entre mães e filhas. A dor é a personagem central deste huis-clos que nos
sufoca pela sua dureza.
Sonata de Outono. Mãe e filha encontram-se depois de sete anos de separação. A
mãe, Charlotte, é uma pianista mundialmente famosa, já sexagenária e ainda no auge
da sua carreira. Uma mulher capaz de interpretar as mais delicadas composições de
Chopin ou Beethoven, mas sempre incompetente ao tentar interpretar a própria filha,
Eva. A Eva nenhuma palavra ou gesto lhe passou despercebida ao longo da sua vida,
especialmente se estas palavras e gestos vieram da mãe. Considera-se “filha de uma
mãe que nunca fica frustrada, decepcionada ou infeliz”, definição que, mesmo irónica,
a marcou para sempre, uma vez que Charlotte lhe impôs doses equivocadas de
felicidade e segurança. Casada com Viktor, um pastor protestante passivo e
observador, ela vê o marido como um amigo, sendo, como é, incapaz de acreditar no
amor. Helena, a irmã mais nova, sofre de uma doença degenerativa, o que afastou
sempre de si a mãe. Neste regresso, Charlotte é obrigada a confrontar-se com o facto
de as duas irmãs viverem juntas. Bergman destrói a convenção das relações
afectuosas entre mães e filhas. A dor é a personagem central deste huis-clos que nos
sufoca pela sua dureza.
Dureza é mesmo a palavra certa para esta obra do grande Bergman, a exposição de sentimentos, frustações, equívocos e laços quebrados durante a infância falam na voz de todos os interpretes das suas obras...
Uma frase que ficou na minha mente... "Seres emocionalmente inválidos"...
A peça termina a 25 deste mês, não percam...
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