segunda-feira, dezembro 31, 2007

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a luz que nos devolve o mar... de MS
XLIX - Meto-me para Dentro
Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas noites,
E a minha voz contente dá as boas noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o Mundo,

A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito.
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme.

Alberto Caeiro (O Guardador de Rebanhos)

Um excelente 2008 a quem por aqui passar...

sábado, dezembro 29, 2007

Grey's Anatomy...

A próxima aposta... Grey`s Anatomy...

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1º andamento do concerto para violoncelo de Elgar, Sir Edward William. Aqui pela mão de Yo Yo Ma e dirigido por Barenboim. Um dos concertos para violoncelo mais bonitos para mim...

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simplicidade... de Paulo Cesar

É que penso que o que decide
sobre o bem e o mal
não é a comunicação
das pessoas entre elas, mas
apenas a maneira das pessoas
se darem consigo próprias

Jacob Wassermann

quinta-feira, dezembro 27, 2007

'Bleu'...

"Ainda que eu falasse
a língua dos anjos
se não tivesse amor
seria como sino ruidoso
Ainda que tivesse o dom da profecia
o conhecimento de todos os mistérios
e de toda a ciência
Ainda que tivesse toda a fé
a ponto de transportar montanhas
Se não tivesse amor
nada seria
O amor é paciente
O amor é prestativo
Tudo espera
Tudo suporta
O amor jamais perecerá
As profecias desaparecerão
As línguas cessarão
A ciência também desaparecerá
Agora portanto permanecem
A Fé, a Esperança e o Amor
A maior delas, porém
É o Amor."

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laço de ternura... de Paulo César

Mais complicado do que sabermos o que não queremos é sabermos o que queremos...
Ter vontade para alterar o caminho feito até agora...

quarta-feira, dezembro 26, 2007

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as folhas mudam de cor... de MS

Quando eu não te tinha

Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima ...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza ...
Tu mudaste a Natureza ...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

Alberto Caeiro

quinta-feira, dezembro 20, 2007

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A Música... Aquela que nos transporta para outros estados... A Paz Interior...
Obrigada...

terça-feira, dezembro 18, 2007

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Mais uma... de Ruben Andrade
As pedras fazem parte do caminho...

domingo, dezembro 16, 2007

Bitter Moon...

"Um drama explosivo do realizador Roman Polanski, que explora as mais obscuras profundezas da perversão sexual.

Nigel (Hugh Grant) e Fiona (Kristin Scott Thomas), um reprimido casal Inglês, numa tentativa de recuperar o amor perdido, decidem fazer um luxuoso cruzeiro até Istambul. Mas os seus planos rapidamente se alteram, quando conhecem Oscar (Peter Coyote), um estranho passageiro, e a sua bonita mulher Mimi (Emmanuelle Seigner), que parece disposto a relatar os seus mais íntimos segredos sexuais.

Nigel e Fiona tornam-se observadores e participantes numa tragédia de obsessões e paixões, nos limites do erotismo."

Lua de Mel, Lua de Fel já é um filme com alguns anos, conotado como erótico (provavelmente na altura provocou certa polémica, a data de realização é 1992), neste momento não lhe daria essa conotação, mas sim a de um filme cruel... Não deixando de ser um excelente filme...

sábado, dezembro 15, 2007

Ao vivo...


RODRIGO LEÃO E
CINEMA ENSEMBLE
OS PORTUGUESES
19 A 29 DEZ
QUARTA A SÁBADO ÀS 19H00
JARDIM DE INVERNO
Este novo espectáculo de Rodrigo Leão baseia-se na música que criou a convite de
António Barreto para a série documental “Portugal, Um Retrato Social”, que a RTP
exibiu muito recentemente. As imagens fortes recolhidas para compor a panorâmica da
sociedade portuguesa contemporânea inspiraram Rodrigo Leão a criar uma música
igualmente forte, com subtis marcas da nossa identidade. Essas peças foram agora
adaptadas para esse ecrã maior que é o palco e serão levadas estrada fora ao encontro
do país que as inspirou. Este espectáculo beneficiará ainda da inclusão de alguns
temas inéditos e das canções em português que Rodrigo Leão compôs na fase mais
recente da sua carreira. O “retrato social” passa a “retrato musical”, pintado ao vivo.
Rodrigo Leão Sintetizadores
Ana Vieira Voz
Celina da Piedade Acordeão
Viviena Toupikova Violino
Marco Pereira Violoncelo
Jano Lisboa Viola de Arco
Luis Aires Baixo
Luis San Payo Bateria
Um dos bilhetes já é meu...

sexta-feira, dezembro 14, 2007

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...Intimidade...II... de Rui Elias

Ouve-se os violinos, entram as violas, depois os violoncelos, um de cada vez... Separam-se as notas que provocam sentimentos...Multiplica-se o sentimento... Nasce a Música...
Excelente concerto da OCCO...

http://www.orchestra-cascais-oeiras.com/dezembro2007.html

quinta-feira, dezembro 13, 2007

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tudo imenso....sem nós... de Paulo Cesar

Sinto-me como um livro em branco...
Mas não com páginas que serão cheias de aprendizagens e caminhos novos a descobrir...
Não...
Em branco... Sem nada... Imaculadamente branco...
Ao som do branco...
Nada...
Quero páginas onde possa repousar a minha escrita...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

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On black... and white... de Paulo Medeiros

House In The Clouds

I left my house in the clouds
I walked into someone's afterlife
She kept a pill in her hand
To take when we were about to land
Did you try
To let it go on by?
Did you try?
The Needles and the Uniforms
A schoolgirl and a unicorn
Eclipse a love with a loss
I sought comfort in her underwear
I shaved my face twice a day
Those crazy lambs
They will suffocate

Did you cry
Or let it go on by?
Did you cry?
The aftertaste of something warmer
Of schoolgirls and of unicorns

Did you try to let it go on by?
Did you try?
The schoolgirl and the unicorn
The Needles and the Uniforms;

I washed her face in the rain
I will return to that place again
Back to my house in the clouds
Back to my house in the clouds

Perry Blake

segunda-feira, dezembro 10, 2007

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Estar... de MS

“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...”

Alberto Caeiro

domingo, dezembro 09, 2007

Trovante...

Sorriso...
Quero sorrisos abertos...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

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Somente uma parra... de Maria Teresa Branco

Canto de Mim Mesmo XLVIII

Já disse que a alma não é mais do que o corpo,
E disse que o corpo não é mais do que a alma,
E nada, nem Deus, é maior para uma pessoa do que ela própria,
E quem caminha duzentos metros sem amar caminha amortalhado para o seu próprio funeral,
E eu ou tu que não possuímos um centavo podemos comprar o melhor que a Terra contém,
E olhar com um só olho ou mostrar um feijão na sua vagem desconcerta a aprendizagem de todos os tempos,
E não há ofício nem emprego em que um jovem não possa converter-se em herói,
E não há delicado objecto que não possa servir de eixo às rodas do universo,
E digo a todos os homens e mulheres: Que a tua alma permaneça tranquila e serena ante um milhão de universos.

E digo à humanidade: Não sintas curiosidade por Deus,
Porque eu que tenho curiosidade por tudo não sinto curiosidade por Deus,
(Não há palavras que possam definir a paz que sinto em relação a Deus e à morte).

Escuto e contemplo Deus em cada objecto, ainda que não O entenda minimamente,
Nem entenda que possa existir alguém mais maravilhoso do que eu próprio.

Porque é que desejaria ver Deus melhor que este dia?
Vejo algo de Deus em cada uma das vinte e quatro horas, e vejo-o em cada momento
que passa,
Vejo Deus no rosto de homens e mulheres e no meu próprio rosto ao espelho,
Encontro cartas de Deus espalhadas pela rua, todas assinaladas com o seu nome,
E deixo-as onde estão pois sei que vá para onde for
Chegarão sempre outras pontualmente.

Walt Whitman

segunda-feira, dezembro 03, 2007

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Noite do Dia Mundial de Luta contra a Sida... Porque a descriminação existe e é essencial uma remodelação de consciência...