Em Oeiras, a Fábrica da Pólvora de Barcarena é de novo palco do prestigiado Festival "Sete Sóis Sete Luas" (SSSL), já por muitos considerado um clássico na programação cultural do Município de Oeiras.
Esta XVI edição decorre de 27 de Junho a 29 de Agosto, às sextas-feiras, pelas 22H00, no Pátio do Enxugo. A entrada é livre.
Além dos espectáculos, que trazem ao concelho de Oeiras grandes figuras da cultura europeia e mediterrânea, o Festival conta este ano com a realização da Instalação / Exposição «O Exército de Terracota», de Giuliano Ghelli, "um dos maiores sonhadores da pintura italiana", de acordo com a crítica mais prestigiada.
Os espectáculos levarão o público numa viagem ao mundo de sonoridades provenientes dos mais diversos países.
A banda Mish-Mash é a primeira actuar, no dia 27 de Junho, propondo uma interpretação muito original do conjunto de sons que habitam o Mediterrâneo, o mundo médio-oriental e os países de Leste.
A 4 de Julho chega-nos a música da Andaluzia pelo grupo Toma Castaña, sob a direcção de Joaquín Linera Cortés, que representa hoje uma das realidades mais interessantes da nova geografia do flamenco andaluz.
A Sete-Sóis Orkestra actua a 11 de Julho. Esta produção original, idealizada pelo Festival SSSL, conta com a participação de sete prestigiados artistas provenientes das mais diversas culturas musicais enraizadas nos países da Rede Sete Sóis Sete Luas. Os vários espíritos do mediterrâneo reúnem-se na 7SóisOrkestra: sete artistas provenientes da Andaluzia, de Marrocos, de Israel, de Portugal e da Itália.
No dia 18 de Julho é apresentada ao público uma produção original do Festival SSSL, a Med'Set Orkestra, que conta com a participação de sete grandes artistas representativos das diversas culturas mediterrânicas dos países do Festival Sete Sóis Sete Luas. Trata-se de um projecto que nasceu do desejo de dar nova vida, utilizando a música, à ideia da cultura mediterrânica que é comum a todos os povos deste mar, e mais forte de todas as divisões políticas. "Antes de ser português, andaluz, argelino, italiano, grego ou valenciano...nós somos mediterrâneos".
O Circo Dianótico, proveniente de Itália, actua a 25 de Julho. Uma sarabanda de sopros e percussões em volta do acordeão de Clara Graziano levam-nos nesta funambulesca viagem musical entre música popular italiana, balcânica, jazz, evocando a alegria da festa de aldeia e a magia do circo, com o arrepio dos acrobatas, a melancolia dos palhaços e a elegância do equilibrista.
No dia 1 de Agosto, da Sicília chega-nos Mário Incudine. Actor, cantor, músico e compositor são algumas das vertentes artísticas que possui e que o têm feito sobressair no mundo do espectáculo.
A Piccola Banda Ikona e a sua música são uma grande homenagem ao Mediterrâneo, às suas culturas, às suas contradições. Este grupo mediterrânico actua a 8 de Agosto.
Proveniente de Israel, a 15 de Agosto, Call of the Mountain traz antigas melodias provenientes do Monte Meron, sítio onde se encontra enterrado o rabino Simon Bar Yochai, presumido autor do Zohar, o livro que está na base da Cabalá. As festividades do Meron foram sempre cosmopolitas e atraíram judeus de várias origens, árabes e drusos à Galileia.
A característica do repertório é aprofundar as suas raízes numa fascinante mistura de culturas locais da Galileia.
Juan Pinilla, uma das revelações do jovem flamenco andaluso, sobe ao palco a 22 de Agosto.
Autodefinindo-se filha adoptiva da nação celta, Judith, das Astúrias, actua no dia 29 de Agosto. Esta excelente violinista mistura os sons dos "pais" (a tradição) com os sons da modernidade e com uma solidíssima formação musical. Judith descobriu a música irlandesa enquanto acabava a sua formação como primeiro violino da Orquestra Sinfónica da Universidade de Waterford, e é hoje uma das mais importantes representantes da música celta em terras de Espanha.
fonte Guia de Portugal