sexta-feira, outubro 31, 2008

A Turma...



"A Turma" ("Entre les Murs"), filme de Laurent Cantet ("Recursos Humanos", "O Emprego do Tempo") galardoado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, segue um ano de um professor e da sua turma numa escola de um bairro problemático de Paris, microcosmos da multietnicidade da população francesa, espelho dos contrates multiculturais dos grandes centros urbanos de todo o mundo.
O professor François (interpretado pelo próprio François Bégaudeau, professor que escreveu o livro que foi o ponto de partida para este filme) e os seus colegas, preparam-se para um novo ano escolar. Cheios de boas intenções, estão decididos a não deixarem que o desencorajamento os impeça de tentar dar a melhor educação aos seus alunos.
Mas as culturas e as atitudes diferentes colidem frequentemente dentro da sala de aula. François insiste num atmosfera de respeito e empenho. Mas tudo é posto à prova quando os estudantes começam a desafiar os seus métodos.
A turma é composta por actores não-profissionais que foram escolhidos entre alunos de um liceu francês, com quem o realizador trabalhou todas as semanas durante um ano lectivo em ateliês de improvisação. O filme é considerado um retrato exemplar das quesões da educação e do desafio de ensinar."

fonte cinecartaz.publico.pt

quinta-feira, outubro 30, 2008

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no estado líquido... de MS

"O que é ser feliz? A felicidade é algo que podemos ter?"


"Ou ela é somente uma metáfora brilhante inventada por homens cujo o sentido da vida, da existência, se esvaiu com o tempo? _ O homem construiu, e inventou tudo. Desde gestos a palavras, de significados e seus significantes, do viver em sociedade com suas regras e seus valores morais, do tempo aos seus paradoxos o passado o presente e o futuro. _Não seria então a felicidade fruto da imaginação e da necessidade humana e não algo instintivo como se acredita ser?


Ou seria só mais um signo, rodeado de parâmetros e verdades infundadas?


O significado de ser e estar feliz é complexo, porque não basta ser, você tem que estar feliz. Uma coisa é certa, não há continuidade na felicidade, o que existe são picos, momentos de felicidade. Somos mais angustiados do que felizes. A angustia da busca sem fim, do prazer ilimitado de ser feliz. Mas toda a felicidade tem seu fim. Então porquê acreditar na imortalidade do conceito?


Porque a vida sem o conceito de felicidade não é plena, é vazia. E nossa fragilidade humana não consegue viver sem ícones. Nossa existência se acostumou a agarrar-se em verdades universais, a conceitos prontos que não ousamos duvidar de sua real existência. E acreditamos na máxima de que todos tem o direito e o dever de ser feliz. E assim, nos apoiamos em conselhos, livros de auto-ajuda e a tudo que possa indicar o caminho da felicidade.


Freud, define felicidade como: "um problema individual, que não cabe em conselhos, mas que cada um deve procurar por si só para tornar-se feliz". E para muitos a procura não está relacionada com o seu interior, mas por coisas exteriores. Na multiplicidade de bens materiais, aceitação social, dinheiro ou por uma carreira bem sucedida, enfim...


Procurar a felicidade então requer abandonar a insistente idéia de que a felicidade depende das coisas e dos outros. Mas temos medo. A fragilidade do sentimento é constante, tudo abala a felicidade. A falta de emprego, de dinheiro, de paz, de convicções, de fé, tudo contribui para a instabilidade da felicidade. Nietzsche escreveu que: "A essência da felicidade é não ter medo", mas temos medo de ser o que verdadeiramente somos, medo de nos despir de toda imposição social, de suas formas, seus conceitos e de seus valores. Marionetes presas as cordas do movimento do sistema. Somos passageiros onde deveríamos ser condutores. Não somos felizes, somos iludidos. Pois nunca saciamos nossa sede de felicidade, sempre nos falta algo, sempre estamos incompletos. Por mais felizes que achamos estar, nunca é suficiente.


Por quê então buscar a felicidade? _ Por quê o ser humano ainda não encontrou meios de vivênciar a sua existência e a plena felicidade, de outro modo que não por meio do consumismo e da fuga incessante dos problemas cotidianos?


A reflexão, a cerca do que do que a felicidade representa para cada um de nos, pode ser o começo de uma direção, não uma resposta, mas um começo.

Pense nisso!"

Anderson Cavaca

fonte http://www.cwbnews.com.br/noticias/2007/12/02/not_49674c_1a_45.php

terça-feira, outubro 21, 2008

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o futuro ... de MS

Daqui a alguns dias o passado ficou lá atrás, com tudo o que fomos e somos...

Para mim vai ser um crescimento interior... Welcome to the grown up world...

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o horizonte do olhar... de MS

EU

Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. —
Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado?
Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...

Álvaro de Campos

terça-feira, outubro 14, 2008

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agora é todo meu... de MS

O amor é uma companhia

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

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o grande Pessoa... de MS


O Mosteiro dos Jerónimos recebe a partir do próximo dia 27 de Outubro de 2008, semanalmente uma iniciativa poética, num tributo a Fernando Pessoa, cujo 120º aniversário assinalamos este ano. Trata-se de um Recital singular que conjuga textos de Fernando Pessoa, com os seus heterónimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e ainda Bernardo Soares. Esta trajectória poética é executada pela interpretação do “Diseur” Nuno Miguel Henriques, através de uma visita guiada pelo espaço imensurável do Mosteiro dos Jerónimos, terminando junto do túmulo do poeta autor de “A Mensagem”. Esta iniciativa decorrerá todas as segundas-feiras ás 11.00 e ás 15.00 horas, aberta igualmente a estudantes do ensino secundário, universitário e outros grupos interessados. Intitulada“Minha Pátria é A Língua Portuguesa”esta produção pertence ao Museu da Poesia, estando já disponível um CD com o mesmo titulo, com textos do poeta Fernando Pessoa ditos por Nuno Miguel Henriques, cuja a apresentação será igualmente no dia 27 de Outubro, pelas 18.30 horas na FNAC do Chiado em Lisboa.

sexta-feira, outubro 10, 2008

A Verdade...

CAFÉ PHILO

DIA 14 de OUTUBRO às 21H00
Na Cafetaria do INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS
TEMA: A VERDADE / LA VÉRITE ?

Debate em francês e português animado por

Jean-Yves Mercury
Dominique Mortiaux
Nuno Nabais

"A noção de verdade pressupõe que não tenhamos, a ela, um acesso evidente e imediato: falaríamos somente de verdade se não houvesse sempre a possibilidade do falso, da dissimulação, do encobrir, do erro, da aparência, da ilusão, da mentira, etc.? Não será necessário notar desde logo que preferimos muitas vezes o nosso conforto à confrontação com a verdade? Porque será? Será que a verdade vem sempre pôr em questão? Terá ela uma relação com a morte? Tudo depende, no fundo, do sentido que lhe atribuímos.

Para a ciência, a procura do verdadeiro é a do que é certo, exacto, objectivo, susceptível de prova. Mas será que o verdadeiro sentido científico esgota a noção de verdade? Quando Cristo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, a palavra toma um outro sentido, determinado pela relação com a fé, e com um absoluto. No que respeita à filosofia, se remontarmos às suas origens, a pergunta a seu respeito tem origem em Platão numa reflexão sobre o que é um discurso verdadeiro ou falso. A verdade torna-se num modo de pensamento que reside no discurso pronunciando um julgamento. Qual é então a condição de possibilidade do discurso verdadeiro, ou seja o fundamento da correspondência entre o pensamento e o seu objecto, que se apodera do seu ser? Será que existem verdades eternas, absolutas? Ou só é considerado verdadeiro o que revela coerência de um conjunto de propostas, num determinado contexto? Ou de um acordo entre os espíritos, conforme o afirma por exemplo o pragmatismo pelo qual é o sucesso na acção e a convergência das crenças que determinam a verdade? Esta meditação do tipo logico-epistemológico sobre a essência da verdade foi e continua a ser o centro na nossa tradição. Será contudo a única legítima? A Arte deveria, por exemplo, só receber um estatuto de ficção? Ou será que existe uma ligação à verdade, que teríamos então de redefinir? Existem afinal acordos possíveis à volta desta questão entre as abordagens científicas, religiosas, filosóficas, artísticas, ou será que se excluem mutuamente? O relativismo, ou mesm! o o cepticismo, serão eles nesta matéria a &uacu! te;nica possibilidade de escapar ao dogmatismo? Se esta pergunta é inevitável no seio da nossa cultura ocidental, não o será ainda mais em relação às outras civilizações? O nosso tema apresenta-se desta maneira igualmente intimamente ligado à questão social e política.
A exigência de verdade não será também uma condição sine qua non da liberdade? E do respeito pelo outro? O poder não tem, também ele, tendência a mentir? E aquele que não encontrou a sua liberdade a mentir-se a si próprio? Que pensar a este respeito da palavra do Primo Lévi segundo o qual as verdades que incomodam têm sempre um caminho difícil? A exigência do verdadeiro significa contudo o dever de transparência, de tudo saber e de tudo dizer, de qualquer maneira, em qualquer altura? A mentira poderá, sob certas condições ser legítima? È sobre estas e outras questões que vos convidamos a vir debater, num “café filo” onde, como de costume, a dissimulação não está excluída e a sinceridade autorizada. "
Deve valer muito a pena ir assistir...

terça-feira, outubro 07, 2008

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Amélia film

É disto que falo quando me refiro ao minimalismo e ao contemporâneo...
Para além dos bailarinos, da coreografia e de tudo o resto ligado a este bailado, que luz fantástica e que excelente gravação...

para quem quiser saber mais...
http://www.lalalahumansteps.com/

O Mar Fala de Ti...


O novo disco de Mafalda Arnauth é um dos seus trabalhos mais intimistas, e tem uma faixa que é das mais belas poesias que li ultimamente...

O Mar Fala de Ti

Eu nasci nalgum lugar
Donde se avista o mar
Tecendo o horizonte
E ouvindo o mar gemer
Nasci como a água a correr
Da fonte

E eu vivi noutro lugar
Onde se escuta o mar
Batendo contra o cais
Mas vivi, não sei porquê
Como um barco à mercê
Dos temporais.

Eu sei que o mar mão me escolheu
Eu sei que o mar fala de ti
Mas ele sabe que fui eu
Que te levei ao mar quando te vi
Eu sei que o mar mão me escolheu
Eu sei que o mar fala de ti
Mas ele sabe que fui eu
Quem dele se perdeu
Assim que te perdi.

Vou morrer nalgum lugar
De onde possa avistar
A onda que me tente
A morrer livre e sem pressa
Como um rio que regressa
Á nascente.

Talvez ali seja o lugar
Onde eu possa afirmar
Que me fiz mais humano
Quando, por perder o pé,
Senti que a alma é
Um oceano.

Tiago Torres da Silva

domingo, outubro 05, 2008

What Dreams May Come...



Sinopse

Robin Williams, Annabella Scirorra e Cuba Gooding Jr. num filme deslumbrante que venceu um Óscar em 1998.
Para Chris Nielsen (Robin Williams), o amor que sente pela mulher Annie (Annabella Scirorra) é ilimitado. Tornaram-se inseparáveis desde que se conheceram e se o destino decidir que Chris terá de ir às profundezas do inferno para poder estar com ela, então ele irá... e foi! Depois de morrer, Chris entra no paraíso da sua imaginação. A sua transição para esse mundo idílico mostra-lhe que afinal ele ainda está ligado à sua mulher e que continua insatisfeito com a sua ausência.
Em terra, Annie continua a não conseguir resistir à perda do seu marido e tenta o suicídio. Chris é informado da morte de Annie e apercebe-se que jamais poderão estar juntos, pois aos suicídios está reservado outro destino.
Decidido, embarca numa odisseia fabulosa à procura de Annie.

Vale mesmo a pena...

sábado, outubro 04, 2008

Within Temptation...



All I Need...

A junção perfeita, All I Need com extractos de um dos filmes mais belos que já vi, "Para Além do Horizonte"...

Para ti...

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esta lisboa que eu amo... de MS

Será que é desta que volto para ti?...

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de pedra e alma... de MS

Hoje quero ser um barco que dorme no leito azul
e se esconde por trás da pele que me acolhe todas as noites...
O ser que espalha o seu olhar e o seu sorriso por todas as ruas onde passa...
Hoje quero ficar...
E sentir esse estar...